Há dezenas de milhares de clientes de smartphones no mundo inteiro, no Planeta todo, que jamais ouviram falar na marca de celular Vertu. E isso nada tem a ver com questão de preço do produto. Ou melhor, não apenas com o preço do produto, mas com o valor dele.

Estranho? Não. Questão de marketing. A empresa “esconde” o produto. Mais estranho ainda?

Não. Muitas empresas de outros ramos usam esse estratagema: esconder para valorizar. Por isso, a gente mencionou acima as questões preço e valor. E a gente discute essas duas ideias mais abaixo neste artigo.

Aliás, você vai perceber que este artigo é bastante diferente daqueles que está acostumado a acompanhar em nosso site. Via de regra, pretendem oferecer informações tanto da empresa como de seus produtos.

Dessa maneira, você, leitor, dispõe de dados diversos para encontrar não apenas o melhor smartphone, mas também as empresas que oferecem responsabilidade no trato com seus clientes.

Aqui, as informações disponíveis são mais associadas à empresa da marca de celular Vertu. Afinal, efetividade na qualidade de seus modelos é importante para ela, mas o status de seus clientes é ainda mais.

Marca de celular Vertu: preço e valor equilibrados

aparelho da marca de celular vertu
A marca de celular Vertu possui preços e valores equilibrados.

Ou seja, não é porque milhares de pessoas no mundo eventualmente não possam pagar por um Vertu que você não conhece a marca. Você e milhares de pessoas no mundo não conhecem a marca porque a empresa não a divulga. Apesar de isso parecer estranho, você vai notar ao longo deste artigo que há um fundamento para essa postura corporativa.

Essa estratégia de marketing serve para equilibrar o conceito de “preço” e “valor”:

É nesse contexto que funciona a marca de celular Vertu. A empresa não procura clientes; procura “proprietários”. E apenas os de luxo. Essa é a ideia central da marca de celular Vertu.

Já a ideia final é “havendo pessoas que pagam 100 mil dólares por um relógio, certamente haverá muitos que paguem 20 mil dólares por um celular”.

E há. Muita gente, aliás. Bem mais de 350 mil pessoas.

O conceito da marca de celular Vertu

detalhe do aparelho da marca de celular Vertu
A marca de clular Vertu possui um conceito diferenciado: um acessório de moda!

Os analistas de mercado – qualquer mercado – têm visão mais técnica sobre um produto, uma marca, uma empresa, enfim. No caso da marca de celular Vertu, eles identificaram a postura de relacionamento com seus clientes: comercialização de um produto acessório. Isso pode resultar em surpresa para a maioria das pessoas.

Afinal, um smartphone precisa ter todas as funcionalidades requeridas por seus clientes. Entretanto, isso não é verdade para os clientes da marca de celular Vertu.

Ou seja, a efetividade, a função final do produto fica em segundo plano. Dessa maneira, a Vertu trabalha com a ideia de moda, transformando os modelos de seus smartphones em acessório de moda. Não exatamente passageira, mas, ainda assim, acessório.

Ou seja, o que realmente importa é a questão visual sofisticada. Esta pode elevar o status do proprietário da marca ao alto posto social.

Origem do conceito

A ideia de criar visuais mais sofisticados e valorizá-los no mercado de smartphone foi do italiano Frank Nuovo. Ele trabalhou por muitos anos na própria Nokia como designer, chegando a chefiar esse departamento, inclusive.

Pouco antes de 1998, Nuovo levou a ideia às equipes de marketing e de engenharia da marca de celular Nokia.

Após muito tempo de conversação, o projeto foi mostrado ao Conselho Administrativo como altamente viável. Essas recomendação do departamento de marketing da empresa estava associada à formatação da marca de celular Vertu.

Já naquele ano, a Nokia desenvolveu e apresentou seu primeiro telefone de luxo, o 8850 (veja dados sobre ele mais abaixo). Todavia, a linha de produtos com a marca de celular Vertu chegou a eventos de apresentação somente em 2002, em Paris.

As unidades eram produzidas na Inglaterra, mais precisamente na localidade de Church Crookham, Hampshire. As peças publicitárias de amostragem dos modelos enfatizaram o processo artesanal, o estilo sofisticado. Assim, deixava-se de lado questões como funções de telefone celular, operacionalidade etc.

Deixava-se de lado, mas, claro, não esquecidas. A qualidade dos produtos sempre foi preocupação latente, mas interna no processo de produção, que é artesanal. Contudo, externamente, pouco se falava a respeito. Afinal, a primeira intenção da marca de celular Vertu era entrar no mercado da moda e não de smartphones.

Ainda que – a gente destaca novamente – isso pareça estranho a muitos. Por outro lado, todos esses esforços nada adiantariam se a qualidade dos produtos não fosse sentida pelos proprietários. Assim, ainda que “moda e beleza” fossem primordiais, os dispositivos Vertu se mostraram bem funcionais.

Marca de celular Vertu: a empresa

marca de celular Vertu aparelho de luxo
A marca de celular Vertu fabrica artigos de luxo.

A empresa em si, Vertu, é britânica. Ela é, diga-se, autossuficiente: idealiza, desenha, produz e comercializa smartphones artesanais. Sim… o termo está correto: artesanais. Mas são produtos de luxo.

Já a marca propriamente dita foi criada pela indústria finlandesa Nokia nos fins dos anos 90.

Interessante: bem, a Nokia já é conhecida sua, claro. É um das maiores comercializadores de smartphones do Planeta. Assim, sua marca está nas prateleiras de qualquer loja de celulares. Nesse contexto, talvez você se perguntasse “por que a Nokia não vende diretamente a marca de celular Vertu?”. Exatamente por conta do sistema de marketing mencionado acima.

Mais ou menos 15 anos depois de criada, a empresa detinha mais de 350 mil clientes espalhados por todo o mundo. Ou seja, quase nada se a gente comparar com a quantidade de clientes da marca de celular Apple ou mesmo da Nokia. Esses clientes adquiriram seus produtos em apenas 500 pontos de negociação.

O negócio da marca se baseou no Reino Unido, como foi dito acima. Seus escritórios foram instalados em Nova York, Dubai, Moscou, Frankfurt, Hong Kong, Paris e Cingapura. Ou seja, pontos altamente estratégicos para as intenções da empresa.

Daqueles 500 pontos de negociação da marca, pouco mais de 10% eram administrados diretamente pela Nokia. Nesse contexto, as equipes gestoras da marca de celular Vertu desenvolveram todo tipo de ação para se manter no mercado de produtos de luxo. Contudo, a crise internacional acabou chegando finalmente.

Uma fase difícil

A crise financeira que andou rondando – ainda anda – os mercados em todo o Planeta não deixou de lançar seus tentáculos sobre a marca de celular Vertu. Em fins de 2012, já pressentindo forte abalo nas relações entre clientes de luxo e mercado de luxo, a Nokia vendeu a Vertu.

O grupo EQT VI, uma empresa de private equity, adquiriu os direitos de comercialização da marca de celular Vertu. Entretanto, as bases dessa negociação nunca foram reveladas. O que se soube posteriormente foi que a empresa finlandesa manteve posse de 10% como participante do grupo.

Para quem não sabe: private equity é um tipo de negociação corporativa. Uma empresa investidora adquire parte de outra, tornando-se assim sócia. Dependendo do acordo, vai ou não intervir no processo de gestão, de forma a orientar a outra empresa no sentido de progredir financeiramente. Esse tipo de acordo foi criado nos EUA na década de 80.

Entretanto, o grupo EQT VI também não conseguiu evoluir no empreendimento. Assim, em 2015, transferiu sua parte na criação da marca para uma empresa de Hong Kong.

A Godin Holdings, a tal empresa de Hong Kong, segurou os problemas e tentou solucioná-los por mais ou menos dois anos. Contudo, não foi possível. Assim, a empresa entrou em colapso mesmo tendo gerido diversos planos de salvamento econômico-financeiro da marca de celular Vertu.

Portanto, a Godin Holdings deixou o negócio de produção de marca de luxo no início de julho de 2017. Dessa maneira, precisou pedir falência nos órgãos de seu país. e, após isso, vendeu o que ainda sobrava para a Baferton Ltd., uma empresa turca baseada em Chipre.

Reconquistas da marca de celular Vertu

Por conta dos problemas discutidos acima, a marca permaneceu inativa por muito tempo. Entretanto, em meados de 2017, a empresa comunicou seu retorno. E foi em grande estilo como, aliás, é comum no ambiente em que a marca vive.

Os objetivos de permanecer no campo dos produtos de luxo parecem ter se intensificado durante o tempo inativo para esse retorno da empresa. Ela indica que vai usar insumos e peças ainda mais caros, além de os melhores componentes e minerais nobres, como ouro e diamantes.

O resultado de toda essa performance são aparelhos do mais alto luxo. E preços compostos por cinco dígitos no mínimo, o que eleva o valor às alturas.

Assim, para a marca de celular Vertu, parece não existir limite de orçamento. Quanto mais custoso (custos de produção) melhor, pois seus produtos se tornam ainda mais caros. Consequentemente, o nível dos proprietários se eleva. De certa forma, esse fato promove ainda mais os produtos da empresa.

Modelos da marca de celular Vertu

modelos de aparelhos da marca de celular Vertu
A marca de celular Vertu retronou ao mercado trazendo vários modelos novos.

A Vertu retornou ao mercado recentemente. Sua gana por satisfazer clientes de nível top de linha reproduz o comportamento da empresa desde seu nascimento.

Nokia 8850 – o primeiro

Foi o primeiro modelo da empresa. Lançado em 2002, seu status hoje é item colecionável, destinado a pessoas abastadas que gostam (e, muitas vezes, precisam) de ostentar seu nível financeiro. De certa maneira, pode-se dizer que se trata de versão do Nokia 8210 com visual aprimorado, pois as peças são muito mais sofisticadas.

Por isso, foram produzidas poucas unidades, certamente com vista aos colecionadores de maneira geral. A estrutura é feita em liga com proteção deslizante do teclado. Há iluminação branca nas teclas e na tela que destaca o aparelho em si.

A memória do telefone pode armazenar até 250 nomes e 50 notas de calendário (lembre-se de que foi lançado em 2002). As mensagens SMS só podem ser armazenadas no cartão SIM. Porém, o dispositivo já dispunha de um recurso de discagem rápida.

Há também controle de registro de chamadas feitas, discadas e perdidas. O smartphone apresenta lista de contatos, inclusive por grupos, diferenciados por logotipos e por toques sonoros.

Esse primeiro modelo da marca de celular Vertu usa SMS (com até 160 caracteres) com entrada de texto e com suporte para os principais idiomas europeus. Além disso, há o recurso de transferência sem fio por meio de infravermelho, mas operável apenas entre dispositivos compatíveis.

Pesa 91gr já com a bateria de lítio e nas dimensões 100x44x17mm. O modelo usa o GSM 900/1800 e suporta banda GSM 900 (EGSM) estendida.

Aster P – o mais recente

Esse é o modelo lançado no retorno da empresa às atividades. O mercado de luxo ficou em polvorosa quando esse retorno foi anunciado em meados de 2017 na China. A montagem do aparelho consiste em operações totalmente manuais e com peças consideradas de top de linha extremo.

Ou seja, apenas material premium entra no processo. O próprio display que, em teoria, é a área mais sensível de um smartphone, se constitui por uma única peça em cristal safira de 133 quilates.

Haja luxo

A estrutura em titânio grau 5 oferece leveza, inclusive ao visual. Entretanto, é altamente resistente; afinal, esse material é usado especialmente em diversas partes de aviões. A traseira do modelo é envolvida em couro de altíssima qualidade, uma espécie de mistura de pele de crocodilo com pele de lagarto.

As especificações técnicas – que, como destacado ao longo deste artigo, não são o forte dos modelos da marca de celular Vertu – são, digamos, comuns. A tela Amoled de quase 5 polegadas se mostra adequada com resolução full HD, além de ser em safira, conforme a gente mencionou.

Seu processador snapdragon 660 octa-core é apenas adequado. A memória RAM se apresenta com 6 GB; já o poder de armazenamento condiz com os bons smartphones atuais: 128 GB. É gerenciado pelo sistema operacional Android 8.1 Oreo. Aliás, a mudança para esse SO foi promessa da empresa ainda nos inícios dos anos 2000.

Quanto às câmeras, a traseira dispõe de 12 megapixels e a frontal de 20 megapixels, com abertura f/2.2. Isso significa que atende bem às expectativas dos proprietários. Afinal, estes não são muito “amigos de selfies”, segundo pesquisa da própria marca de celular Vertu.

Sua bateria tem capacidade de 3.200 mAh. Dispõe ainda de suporte para Quick Charge 3.0, porta USB-C, conexões NFC, Bluetooth 5.0 e WiFi dual-band

Interessante: os preços variam de acordo as cores pretendidas pelos proprietários. A preta e a branca se oferecem por mais ou menos 5.200 dólares; a dourada, por pouco mais de 14 mil dólares. Há ainda as cores marrom, laranja e azul; contudo, seus preços nem sequer foram divulgados. Para ostentar ainda mais o nível econômico, o proprietário pode customizar o visual. Porém, o valor disso é quase inimaginável.

Então é isso. A marca de celular Vertu é para poucos. Você gostaria de ser um desses poucos? Quereria ser proprietário de Vertu? Diga pra gente na área de comentários abaixo.