Uma nova forma de pensar, chamada de “abertuda radical”, está criando ondulações na indústria tecnológica e ateando fogo à discussão sobre o conceito do uso de ferramentas de compartilhamento para debater e resolver problemas de forma coletiva.

Em tempo de aumento da proteção de dados e garantias à privacidade, este movimento procura derrubar estas tendências e promessas by giving more away, para que nós recebermos mais em retorno. Ainda assim, muitos imaginam se esta abertura radical é algo que funciona melhor na teoria que na prática.

Abertura radical é uma mentalidade que tem como ponto de vista a solução de problemas imaginativos em colaboração com outros através da Internet sem fronteira, como uma forma de avançar na evolução humana. Em termos gerais, a filosofia sugere que o acúmulo de ideias e dados para ganhos à curto prazo prejudica o nosso futuro como planeta.

A teoria, anunciada na conferência TEDGlobal 2012, na semana passada, afirma que o crescimento exponencial da tecnologia móvel e online exige que as pessoas colaborem o quanto for possível, segundo Bruno Giussani, diretor europeu do TED. De acordo com Giussani, está claro à todos que não só vivemos em um mundo globalizados, mas também em um mundo de muita complexidade, onde limites tradicionais estão sendo quebradas, uma após outra.

O executivo explicou que uma reação à estas oportunidades inconcebíveis anteriormente apresentadas pela Internet é recuar, reagrupar e limitar a interação porque é vista como perigosa. Guissani diz que temos protecionismos, fornteiras e tarifas de preferência nacional, mas recomenda seguir o caminho que seja aberto e facilitar mudanças adicionais.

As conferências TED por si só, tem abraçado a abertura radical com sucesso em 2009 e desde então, a popularidade da próspera companhia ao redor do mundo sugere que o modelo seja viável, apresar das desconfianças dos críticos. Segundo Giussani, a companhia começou a doar seu conteúdo, mas pelos três últimos anos, acabou doando a marca, métodos e formatos.

Houve um tempo em que a companhia poderia ter optado por proteger seu conhecimento e informação, mas ao invés disso decidiu abrir o processo, acreditando que quanto mais a companhia involver outras pessoas com as estruturas corretas no lugar, maior será o retorno. E funcionou, já que desde que abraçou a abertura radical, TED aumentou de duas conferências para 4.500.

A iniciativa e histórico da TED pode, eventualmente, encorajar outras companhias e governos à seguir o exemplo, e algumas delas já estão implementando alguns destes prncípios. Muitas companhias tecnológicas como o Facebook e Google já usam e compartilham códigos de fonte aberta, que permitem que desenvolvedores de programas criem apps e programas de forma fácil para plataformas sociais e de pesquisa.

Sob pressão da comunidade de fonte aberta, a Microsoft recentemente abriu o seu sistema Kinect à engenheiros, para que usem para criar avanços científicos na medicina e nos jogos. E um aplicativo móvel em colaboração com o Open Garden estão lutando para reforçar os sinais Wi-Fi ajudando pessoas à compartilhar suas conexões aos invés de acumulá-las.

O sucesso destas tentativas corporativas pela abertua radical está influenciando agências governamentais também. No começo deste mês, a Health Data Initiative, uma companhia de colaboração pública e privada fundada pelo Instituto de Medicina e pelo Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos Estados Unidos, hospedou a sua terceira Datapalooza anual para apresentar as mais recentes mHealth inovações forjadas com dados médicos abertos.

Durante o Datapalooza, os empreendedores discutiram seus melhores produtos e serviços. Os inovadores formaram times e competiram nos palcos, apresentando inovações em mHealth extraídas do lançamento público de um conjunto de dados pela Health Data Initiative.

E, cerca de três décadas atrás, a Administração Oceânica e Atmospérica Nacional decidiu suas informações ao público, e a medida resultou em uma onda de inovações, como apps móveis, websites e ferramentas de pesquisa de previsões, que transformaram o tempo em uma indústria em expansão. Tais desenvolvimentos promovem inovações generalizadas ajudando até aqueles sem licenças caras ou equipamento para compartilhar suas invenções e ideias com o mundo.

Apesar destas estórias de sucesso, nem todo mundo está animado em promover a troca irrestrita de informação. Governos autoritários como Arábia Saudita, Síria e Tailândia estão trabalhando para restringir ao invés de simplificar o acesso à Internet e móvel.

Nos Estados Unidos, o governo está tomando medidas para analizar informações privadas de mídias sociais com o objetivo de prevenir ações criminosas, medida que por restringir a liberdade de discurso online. Por exemplo, oficiais estão monitorando o Twitter por sinais de problemas, assim como exercitando seus direitos à exigir endereços de IP do Google e outras companhias na Internet, o que pode desencorajar pessoas à trocar potenciamente pensamentos revolucionários na esfera digital.

Por outro lado, o advent do “big data” pode levar a abertura radical para muito mais longe. Companhias que coletam informações pessoais e as vendem à firmas de cartões de crédito podem cruzar a linha do compartilhamento de informações. E empregadores e instituções educacionais estão começando a exigir do Facebook senhas de futuros inscritos, abusando do conceito de compartilhamento radical para seus próprios ganhos, ressaltando como o movimento encara o desafio de establecer limites.

Apesar destas dificuldades, contudo, Jason Sliva, apresentador do TED, acredita que a abertura radical eventualmente irá empurrar a humanidade à fazer grandes coisas. Sliva acredita que em um mundo de ideias, precisamos promover um ambiente de abertura radical onde ideias pode fluir livremente, mutar, evoluir, como forma de instigar a evolução da ideia. Sliva explica que embora ideias não são feitas de DNA, são capazes de evoluir, mutar, se procriar ocm outras ideias e obter mais chances no mundo, de forma mais rápida, que os próprios gens, de muitas maneiras.

Em outras palavras, Sliva diz que a humanidade deve abraçar abertura radical para evoluir. E já que o nosso DNA nos conduz à preservar à nós mesmos e a nossa espécie, pode ser inevitável que colaborações ao redor do mundo conduza à um futuro tecnológico e desenvolvimento na comunicação.