A tecnologia permeia o estilo de vida moderno, porém um gruo grande de pessoas estão ficando de fora desta revolução, até mesmo em países já desenvolvidos como nos Estados Unidos.

Eric Schmidt, presidente executivo do Google, chamou atenção, durante uma entrevista na conferência Mobile World Congress no começo deste ano, em Isarel, ao dizer que 2/3 da população mundial não possui acesso à Internet.

Tal constatação foi parte de um discurso no qual Schmidt explora os limites do cenário tecnológico atual, chamando a atenção para as comunidades que ainda não tem acesso à Internet, e afirmando que a larga Web mundial ainda não está vivendo em seu todo potencial.

Mas quem são estas pessoas que Schmidt preocupa-se em estar deixando para trás? Nos Estatos Unidos, os estados do sul, Mississippi, Alabama, Arkansas e Tennessee possuem taxas de subscrições de banda larga bem menores que o resto do país, apontando para a falta de acesso à Internet. Nas áreas rurais, 1 em 10 casas não possui banda larga disponíve, o que significa que o melhor que puderam ter é uma conexão arcaíca nada confiável de Internet de rede discada.

As taxas de falta de acesso tem uma correlação direta com uma renda mensal média/baixa, sugerindo uma relação entre lares de baixa renda e conexões limitadas de Internet. Isto também significa que escolas de nível mais baixo na escala sócio-econômica sofrem com a falta de acesso também.

O jornal Hechinger Report, que foca em notícias sobre educação, destacou como algumas escolas em áreas rurais estão lidando com a Internet deficiente, tentando conectar suas facilidades para que os estudantes possam aprender tecnologias vitais no campo escolar em vista da falta em potencial de acesso em casa.

Enquanto algumas escolas estão em total sintonia tecnológica, tentando esticar o limites ao fazer experimentos com sistemas de rasteamento de alta tecnologia, outras se esforçam para conseguir fundos para a compra de computadores básicos, um problema que a indústria está começando a interferir para discutir.

Por exemplo, a inciativa da Apple de oferecer iPads em escolas pode ajudar o nível de crescimento a se dividir. A companhia de Cupertino fez uma parceria com o provedor de textos e livros educacionais McGraw Hill para baixar os preços de materiais escolares,o que pode abrir mais portas para escolas rurais que sofrem com a falta de verba e procuram por mais soluções acessíveis em tecnologia.

Ainda, até mesmo com os planos da Apple de digitalizar a educação para as massas e a iniciativa de tecnologia educacional do Presidente Obama empurrando livros e cadernos digitais, há muito trabalho à fazer para conseguir trazer os grandes bolsos dos Estados Unidos na velocidade adequada.

Os Estados Unidos está em 12º lugar em acesso à Internet, possivelmente por causa da falta de competição — 96% dos americanos possuem acesso à dois ou menos provedores. Além disso, Internet de alta velocidade é mais cara do que precisa ser, assim Americanos pagam o dobro por megabyte do que em lugares como a Coréia do Sul e Japão, que se esforçaram mais para fazer com que seus países avançassem mais rapidamente.

Globalmente, muitos países em desenvolvimento possuem limitações na Internet até ainda mais extremas. USAID descreveu a situação na América Central e Caribe como periclitante, onde o acesso the gira em torno de 30%. Obama anunciou um programa chamado de Broadband of the Partnership Americas, que foca em melhorar as capacidades de alcance da Internet capabilities na América Latina, mas a situação possui indicativos de níveis de acesso ao redor do globo em nações rurais em desenvolvimento.

E ambos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como os Estados Unidos com suas falhas de conectividade, esta falta de acesso continua a impedir que populações que precisam da tecnologia alavanquem suas economias e suas oportunidades educacionais.

Schmidt apontou um problema bastante real, e o próximo passo é alimentar a conectividade da Internet doméstica e globalmente, o que vai exigir sérios esforços de governos, corporações e cidadões. Governos podeme scolher introduzir iniciativas, mas precisarão da cooperação de distribuidores em larga escala, especialmente nos Estados Unidos, onde os preços são muito mais altos do que deveriam ser.

Este cenário não é muito diferente aqui no Brasil, outro país em largo desenvolvimento. Existem áreas urbana onde o acesso à Internet é bastante escasso, sem falar em áreas rurais onde o acesso é praticamente nulo. Existem cidades, em alguns estados, onde a Internet sequer chegou, e computadores são lenda.

O governo tenta criar iniciativas nas escolas, como a distribuição de tablets nas grandes capitais, nas escolas públicas, mas o incentivo por parte de empresários e da indústria não é o suficiente, e a questão dos peços pelo acesso e aparelhos é a mesma, muito altos e pouco acessível à massa.

Schmidt ainda disse que a Internet não consertará de forma mágica as injustiças socioeconomica no mundo, mas o acesso em larga escala é necessário para nivelar o campo das oportunidades. Acesso à Internet pode não ser sinônimo de oportunidade, mas é parte integrante na econoia moderna, e as pessoas que não possuem este acesso estarão em grande desvantagem.

À não ser que mudanças sejam feitas, este problema pode exacerbar ainda mais o buraco nos cofres dos Estados Unidos perpetuando a pobreza, já que o acesso limitado à Internet se traduz à oportunidades também ainda mais limitadas de educação e de emprego, gerando uma crise global entre países tanto desenvolvidos como subdesenvolvidos.