Os brasileiros, apesar do aumento do poder aquisitivo, por mais incrível que pareça, ainda não possuem habilidade adequada para utilizar todos os recursos de um smartphone. Os avanços tecnológicos estão cada vez mais rápidos, a demanda do mercado aumenta constantemente e para suprí-la, as fabricantes de aparelhos eletrônicos correm contra o tempo para manterem-se atualizadas com as inovações na tecnologia.

Aparelhos com novas tecnologias surgem a cada mês, as atualizações são cada vez mais constantes e a oferta é enorme no mercado, assim fica difícil até mesmo para o consumidor.

É o que mostra uma pesquisa divulgada recentemente feita pela GfK, empresa de pesquisa de mercado, realizado em nove países, Brasil, China, França, Alemanha, Japão, Itália, Espanha, Reino Unido e os EUA.

O estudo, sobre a experiência do usuário e fidelidade ao ecossistema digital, analisou as barreiras dos consumidores para a troca de tipos de smartphones e o impacto de suas atitudes relativas à experiência geral do usuário, e acabou por revelar que para os usuários brasileiros de smartphones, trocar de aparelho está se tornando cada vez mais difícil.

Os resultados mostraram que as principais barreiras à mudança de tipo de smartphone estão relacionadas à experiência do usuário, ao invés do custo ou da marca, ou seja, somos capazes de comprar novos aparelhos, mas não possuímos a habilidade necessária para lidar com os diferentes recursos que levam à troca.

A pesquisa analizou as principais barreiras, e em outros países, os índices indicaram 33% (reorganização), 29% (aprendizado) e 28% (migração de conteúdo). No Brasil, as três principais dificuldades apresentadas foram “bagunçar/reorganizar” a configuração atual do smartphone com 41% e ter que transportar o conteúdo com 38%, em seguida aparece ter que aprender a usar outro tipo de smartphone com 32%.

Leonardo Melo, Gerente de Atendimento da área de Business & Technology da GfK Brasil, acredita que a dificuldade está diretamente associada à satisfação do cliente perante a configuração atual de seu aparelho. Os consumidores satisfeitos têm mais dificuldade em trocar de aparelho e experimentar uma nova plataforma, por causa da acessibilidade de conteúdo entre dispositivos que oferece grandes benefícios aos consumidores. Quanto mais aplicativos e serviços utilizarem, maior fica sua fidelidade à marca.

Na opinião do gerente, o fabricante de smartphone que criar uma experiência harmoniosa para o usuário será capaz de aumentar a fidelidade deste consumidor, pois com o decorrer do tempo usando o aparelho o consumidor cria ecossistemas digitais e seu próprio mundo de conteúdo em seu aparelho móvel, ficando difícil se livrar dele depois, e acabando por se tornar mais fiel à marca que está utilizando.

Segundo o relatório, também confirma que a fidelidade à marca de smartphone aumenta conforme aumenta a quantidade de aplicativos usados, e o ponto de virada para essa fidelidade é quando o consumidor usa sete ou mais serviços em seu dispositivo.

Os consumidores nos Estados Unidos são os mais propensos a usar sete ou mais serviços (61%), seguido de perto pela China (56%) e Brasil (53%). Em contrapartida, os consumidores europeus utilizam menos serviços em seu smartphone: França e Itália (46%), Alemanha (45%), Espanha (43%) e Reino Unido (42%).

O relatório da pesquisa inclui a opinião de 4.257 proprietários de smartphones em nove países, entrevistados entre 17 e 28 de outubro de 2011, utilizando técnicas de entrevista on-line com adequação a cada país.

Uma resposta

  1. O rápido avanço da tecnologia faz isso, ter medo de experimentar o novo, esse cenário poderia mudar se fabricantes e operadoras fizessem algo como um “Test-Drive” nesses modelos mais “avançados”, para adequar o publico a essas novas mudanças.

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